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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ponte sobre o Rio Pelotas

Seção Vertical




Seção Transversal


Processo executivo notas-se o balanço sucessivo, nesta foto da época

 


A Ponte do Rio Pelotas, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Projetada e construida pela Empresa Sobrenco  –   marcou pela construção de um vão livre de 189 metros, o maior do Brasil e o segundo mais longo do mundo naquele período. Como o local apresentava grande grau de dificuldade, a empresa se valeu do seu know how para proporcionar perfeito equilibrio em toda a extensão da ponte. Para tanto, utilizou duas técnicas: o recurso da ancoragem das fundações das extremidades das rochas do rio, através de tirantes protendidos verticais no leito rochoso subjacente, e depois a construção da superestrutura em balanços sucessivos.






         Um pouco da história da construção desta ponte, extraída do livro  Pontes Viadutos e Passarelas Notáveis de Augusto Carlos de Vasconcelos.        
O Rio Pelotas separa os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nasce em Santa Catarina no Parque Nacional de São Joaquim, segue em direção à divisa entre os Estados e desemboca no Rio Uruguai sem abandonar a fronteira com o Rio Grande do Sul. É atravessado por diversas estradas de ferro e de rodagem, exigindo para a travessia a construção de pontes de todo tipo, metálicas e de concreto, sendo essa a mais importante de todas, estando situada na BR-116 entre Lages (SC) e Vacaria (RS) no local chamado Passo do Socorro.
A ponte possui 189m de vão, tendo ainda dois balanços simétricos de 30,5m, cujas extremidades são fortemente ancoradas na rocha. A finalidade dos balanços é de engastar os extremos de vão de 189m que dessa forma funciona como viga biengastada. Daí a possibilidade de reduzir a altura da viga no meio do vão para o valor incrível de 3,2m ou 1/59 do vão.
Essa ponte foi projetada e construída pela firma Sobrenco, em 1965, para substituir duas outras destruídas pela enxurrada que ocorreu no mesmo ano. Uma ponte a montante ruiu e seus destroços ficaram entalados em outra próxima a montante dela, elevando o nível das águas que acabara destruindo também a segunda ponte. A nova ponte é uma das maiores de concreto protendido do Brasil, executada pelo processos dos balanços sucessivos com aduelas de 7m moldadas no local. Na época foi o maior vão do Brasil e o 2º do mundo. O 1º era o da ponte sobre o Reno em Bendorf, construída também em 1965, com 208m de vão.
A seção transversal é em caixão de 6m de largura e com balanços de 2,7m. A altura do caixão varia de 3,2m no meio do vão até 11m na face dos pilares.
A ponte é constituída de duas metades iguais, executadas simultaneamente até se encontrarem no meio do vão onde existe uma articulação. A extremidade em terra, com numerosos cabos traseiros, é ancorada ao solo. Para uma carga no meio do vão o fator de multiplicação é dado pela relação entre os braços de alavanca que é 3,1:1. Por este número pode-se avaliar o efeito no sentido de produzir flechas elevadas no meio do vão. Foi prevista na construção uma contraflecha de 30cm resultando uma flecha inicial positiva de 10cm ou 1/2.000 do vão. A fluência do concreto haveria de alterar significativamente este valor. 


   Resumo Informativo da Ponte sobre o Rio Pelotas
Localização
Entre Lages (SC) e Vacaria (RS)
Via
BR-116
Obstáculo
Rio Pelotas
Inaugurada
1965
Projeto
Firma Sobrenco (Sérgio Marques de Souza)
Comprimento total
250m
Construção
Firma Sobrenco (Sérgio Marques de Souza)
Fonte
Livro Pontes Brasileiras Viadutos e Passarelas Notáveis - de Augusto C. Vasconcelos


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