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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Na Duplicação da BR-101, foi Utilizado o EPS

Postei há alguns dias uma matéria sobre a utilização do EPS (isopor) para estabilização de solos moles, esta técnica é largamente utilizada nos Estados Unidos e Europa, mas no Brasil a sua utilização ainda é pouco conhecida, vamos acompanhar de perto as obras que estão sendo as pioneiras, e quem sabe este produto não seja a solução definitiva para os encabeçamentos de pontes e viadutos, bem como para a estabilização de locais com solos moles, vamos acompanhar o seu desempenho nestas obras para termos está certeza, uma das obras pioneira foi à duplicação da Rodovia BR-101, veja matéria abaixo.
BLOCOS DE EPS (ISOPOR®) SÃO UTILIZADOS NA DUPLICAÇÃO
Blocos de EPS (Isopor®) foram utilizados em substituição ao solo compactado na duplicação da Rodovia BR 101, na cabeceira da ponte sobre o rio Preto, no estado da Paraíba. Foram usados 7.000 m³ de EPS em blocos com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25 m de largura e 1 m de altura, fornecidos pela Knauf Isopor, unidade Cabo de Santo Agostinho (PE). Esta é a primeira obra em estradas da região que utiliza o conceito de aterro ultraleve, com aplicação de isopor em solos moles.
Largamente adotada nos Estados Unidos e Europa, a aplicação do EPS em estradas ainda é pouco conhecida no Brasil. O seu uso na estrutura resolve dificuldades com solos moles, substituindo o tradicional aterramento, e serve como base para receber o asfalto, evitando recalques na pista, comuns quando utilizado a terra neste tipo de solo. 
 De acordo com João Marcelo Bortoloto, Gerente Comercial da Knauf Isopor, empresa dona da marca registrada Isopor®, e fornecedora deste Isopor® para obra, um dos principais problemas na construção de rodovias é o chamado solo compressível localizado próximo aos leitos dos rios, que são camadas de aterros onde a presença de material orgânico é predominante. “Para resolver as dificuldades com a baixa resistência nestas áreas são aplicados blocos de EPS”, explica o profissional.
Neste trecho da BR 101, os blocos de EPS foram colocados na cabeceira da ponte em 5 camadas de 90 metros de extensão, em área de 1.430 m². Foram utilizados 1.400 blocos, cobertos por um filme plástico (PEAD) protegidos por concreto, sobre o qual se aplicou uma camada menor de aterro tradicional. Após essa etapa, outro pavimento de concreto foi colocado, com cerca de 44 cm concluindo assim toda estrutura.
 “O bloco de EPS foi escolhido por ser resistente à compressão, bem mais leve que os outros materiais, proporcionando uma redução na pressão exercida em cima desses solos, e pelo seu baixo custo em comparação com outras tecnologias. Outra qualidade do isopor é ser totalmente reciclável e a sua decomposição levar cerca de 400 anos, o que garante a segurança e a estabilidade ao terreno onde foi aplicado”, ressalta o gerente.
Com 59,4 quilômetros de extensão, a duplicação da BR-101, no chamado “Corredor Nordeste”, começa na entrada do município de Lucena, na Paraíba, e se estende até a divisa com o estado de Pernambuco. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT/PB) e do 1ºBatalhão de Engenharia de Construção do Exército.
A elaboração deste projeto e acompanhamento da aplicação do EPS (Isopor®) nesta obra foi da Geoprojetos Engenharia Ltda, empresa de projetos geotécnicos, especializada em projetos e obras para solos moles, responsável também pelo projeto da Vila do Panamericano (RJ), com utilização do EPS.
Isto sim é notícia boa. Dá orgulho de ser brasileiro quando vejo estes fatos e casos. A tecnologia em auxílio da todos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

EPS (Isopor) em estabilização de solos moles

Uma das grandes apostas para estabilização de solos moles em rodovia, apresentada na Brazil Road expo 2011, é o uso de EPS, (isopor) o Geofoam,  nomenclatura adotada para está técnica que foi defendida pelo palestrante Engº Hans Schaa, onde foi apresentadas as técnicas do seu uso em estradas e pontes para estabilização de solos moles.
A aplicação do EPS (conhecido como Isopor) em estradas para estabilização de solos moles, técnica denominada Geofoam, ainda pouco conhecida no Brasil, foi um dos principais temas do Brazil Road Expo 2011, evento internacional de tecnologia em pavimentação e infraestrutura viária e rodoviária, que aconteceu de 4 a 6 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo.
O evento contou com um workshop promovido pela BASF, fabricante do EPS, Styropor, no qual foram apresentadas soluções em infraestrutura viária no Brasil, além de apresentar o case do viaduto principal de acesso à cidade de Tubarão (SC), o maior projeto de EPS realizado na América do Sul
A aplicação do Geofoam largamente adotada nos Estados Unidos e Europa, está sendo difundido mais no Brasil e começou a ser utilizado em obras pioneiras, como na duplicação da BR 101 nas regiões Sul (Santa Catarina) e no Nordeste (Pernambuco e Paraíba) do País. O poliestireno expansível (EPS) é indicado na estabilização de encostas e em aterros em solos inconsistentes por ser resistente à compressão e ter peso próprio reduzido, diminuindo a pressão exercida sobre o terreno.
Outros diferenciais do EPS são o baixo peso, tornar mais rápida a execução da obra, ser totalmente inerte, não apresentando risco de contaminação, e reduzir custos de estrutura.
O EPS na duplicação da rodovia BR 101
O uso do EPS, técnica Geofoam, está sendo usada na duplicação da rodovia BR 101. A obra do viaduto principal de acesso à cidade de Tubarão (SC) representa a maior aplicação já realizada na América do Sul. O engenheiro PhD Marciano Maccarini, geotécnico responsável pelo projeto em Santa Catarina, fará uma palestra sobre os detalhes e o sucesso da obra. Blocos de EPS foram utilizados em substituição ao solo compactado na duplicação da Rodovia BR 101. As características de baixa resistência mecânica do subsolo e do entorno da área foram determinantes para a utilização do EPS, solução mais viável em termos técnicos, de custo e de rapidez de execução, fundamental para a conclusão da obra em tempo hábil.
O projeto contou com um volume de, aproximadamente, 13 mil m³ de blocos fornecidos pela Tecnocell e produzidos com EPS da BASF (Styropor). As duas empresas são integrantes da comissão de EPS da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
A Brazil Road Expo 2011 contou com mais de 170 expositores nacionais e internacionais numa área de 11 mil m², que anunciaram suas novidades em produtos, equipamentos e serviços. O grande número de lançamentos e o otimismo dos empresários devem-se à previsão de investimentos de R$ 180 bilhões em infraestrutura, de acordo com pesquisa realizada pela CNT – Confederação Nacional do Transporte. O evento, contou com a presença de mais de 8.000 profissionais, e cumpriu com o propósito inicial de trazer novas soluções e tecnologias para a construção, ampliação e manutenção da malha rodoviária brasileira.
          Fonte: Secco Consultoria de Comunicação

domingo, 10 de abril de 2011

História da Agrimensura 2ª parte

ORIGEM DA AGRIMENSURA
Desde as mais antigas civilizações, monumentos gigantescos, templos sagrados, pirâmides, teatros, anfiteatros, aquedutos ou pontes foram construídos.
Em torno destas obras magistrais podemos imaginar as operações topográficas necessárias ao arquiteto, para estabelecer os planos que permitiriam a realização prática da obra.
Estabelecer as direções, medir as distâncias, estimar as alturas, mas também delimitar as parcelas dos terrenos, traçar as estradas e caminhos, construir canais para irrigação ou mesmo transporte de água, foram muitas das aplicações da agrimensura.
Os mais antigos vestígios da aplicação da agrimensura, remonta ao Antigo Egito através de papiros e pinturas em monumentos ou tumbas funerárias, as quais nos ensinam a aplicação desta profissão.
A agrimensura é uma das mais velhas artes praticadas pelo homem. Os registros históricos indicam que essa ciência se iniciou no Egito, Heródoto (1400 a.C.) descreve em seus apontamentos, os trabalhos de demarcação das terras às margens do Nilo.
O agrimensor era um funcionário nomeado pelo faraó com a tarefa de avaliar os prejuízos das cheias e restabelecer as fronteiras entre as diversas propriedades.
A propriedade era um bem respeitado pelos egípcios. Roubar a terra de alguém era um dos crimes imperdoáveis. Como todo ano o rio Nilo inundava as terras apagando as marcas físicas de cada propriedade, surgiu tal necessidade de medir o território de cada pessoa. A medição de terras auxiliava também na arrecadação de impostos de áreas rurais.
Posteriormente, os Etruscos e Gregos também utilizaram estes procedimentos. Os etruscos, por sua vez, dão as operações de agrimensura uma conotação religiosa, as quais os romanos seguirão num primeiro tempo.
Os gregos desenvolvem as técnicas de agrimensura nas grandes construções públicas (construção de canais, túneis, aquedutos etc.) e nos deixam numerosos escritos tais como a "dioptra" ou "métrica" de Héron de Alexandria, os quais nos dão uma idéia bastante precisa do alto conhecimento da geometria e das técnicas dos agrimensores gregos.


OS AGRIMENSORES ROMANOS
 Os agrimensores da antiguidade foram mais conhecidos a partir da época romana, através de textos que chegaram até nossos dias ou por certas passagens do "De Architectura", do engenheiro romano Vitruve.
Os agrimensores eram mais que simples topógrafos : suas funções não se limitavam ao estabelecimento dos limites de um terreno ou na locação de pontos deste terreno, ou mesmo no traçado das vias romanas, através do uso da groma. Eles eram responsáveis pela castrametação, que seria a escolha e levantamento de terrenos para a construção das fortificações ou acampamentos das legiões romanas, durante as batalhas (eles eram seguidamente chamados de “castrorum metatores”). Este mesmo tipo de trabalho é observado nas fundações das cidades romanas, nas colônias fundadas pelos veteranos legionários. Os agrimensores romanos atuavam como juristas em sua especialidade, em todos os casos de ordem cadastral.
Muito próximo dos agrimensores estavam os « libratores », os quais se assimilavam a engenheiros de artilharia, gênios militares que faziam trabalhos de agrimensura ou ainda trabalhos de captação de águas. “Libratore » era um especialista na determinação do desnível de um terreno e que também podia encontrar trabalho na área da artilharia, (pelo motivo dos tiros parabólicos), na construção de aquedutos e de canais de irrigação ou transporte de água.
O trabalho dos agrimensores romanos era de uma grande utilidade social, tanto no ambiente civil como militar. Eles eram escolhidos pelo Estado devido a seus trabalhos de cadastramento ser indispensável na determinação dos impostos. Eles vieram a ser, a partir do reinado de Augusto, funcionários imperiais gozando de privilégios e de estato social elevado.

OS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS
As diferentes operações topográficas realizadas pelos agrimensores necessitavam do emprego freqüente de três instrumentos de medição : a groma, a dioptra e o chorobate. As fotos ilustram a manipulação destes instrumentos e fazem parte das apresentações efetuadas pela VIII Legião Augusta, pertencente ao Museu de Arles-França, e realizadas em 26 e 27 agosto de 2006.

A GROMA
Este instrumento é o simbolo do agrimensor, este era também chamado de gromaticus. A groma é um esquadro óptico ou esquadro de agrimensor que divide o espaço em quatro quadrantes e serve para o traçado de linhas retas e ângulos retos. A groma chegou até nós devido a duas estelas funerárias que nos deram uma idéia precisa dos elementos que constituíam este equipamento.
A parte superior do instrumento é formada por uma cruz de 4 braços perpendiculares de dimensões iguais que servem de esquadro de direção; em cada um dos braços é suspenso um fio à prumo chamado perpendicular. Este braço é fixo a um braço metálico que a liga a um longo pé que serve como suporte do equipamento.
Uma vez a groma instalada sobre o ponto desejado pelo agrimensor e o esquadro de visada posicionado na direção desejada, as operações podem ser iniciadas: sobre o eixo de visada do olho, o primeiro fio de prumo se sobrepõe ao segundo fio e todas as balizas posicionadas sobre este eixo estão forçosamente alinhadas em relação aos fios de prumo que serviram para a visada. Pode-se assim obter um alinhamento perfeito em uma distância razoável.

A DIOPTRA
A única informação sobre a dioptra é fornecida por um texto de Héron de Alexandria.
A dioptra é um instrumento de medida angular através de operações de visadas goniométricas horizontais; Héron propôs a junção de um segundo disco vertical para a medida dos ângulos verticais fazendo deste instrumento o ancestral (desprovido de luneta) do teodolito.
A dioptra podia servir para o nivelamento de terrenos, agrimensura, implantação de aquedutos ou na implantação de túneis e mais tarde, mesmo na astronomia.

O CHOROBATE
Uma das únicas descrições do chorobate nos é feita pelo engenheiro romano Vitruve. Esta é suficientemente precisa para que tenhamos uma idéia de como era este instrumento.
A utilização do chorobate é bastante antiga, este tipo de instrumento é tão antigo como os aquedutos. A construção de um aqueduto implica necessariamente numa pendente regular, nem tão forte nem tão fraca, para que tenha um escoamento desde a fonte até o ponto de chegada: um instrumento que permita a medida da diferença de nível entre pontos se faz necessário.
Os mais antigos aquedutos têm mais de 3000 anos: sob o reinado de Salomão, a cidade de Jerusalém era provida de um aqueduto, assim também a cidade de Nínive em 690 a.C.
O chorobate é constituído de uma longa régua, em torno de 20 pés; nas extremidades desta régua se encontra duas peças de mesmas dimensões que são reunidas em forma de braço de esquadro, e entre a régua e as extremidades destas, duas peças em cotovelo, se estende duas travessas fixas sobre a qual se traça duas linhas perpendiculares; sobre estas linhas estão os fio de prumo presos em cada canto da régua. Estes fios de prumo, quando o equipamento estiver pronto para as medidas, vêm a encontrar perpendicularmente as linhas traçadas sobre as peças abaixo, fazendo ver que o instrumento está bem nivelado.
Fonte UFRGS

10 de abril, Dia da Engenharia

                                                                         10 de abril
A engenharia é a aplicação da ciência e da matemática através da qual as propriedades da matéria e as fontes de energia são tornadas úteis às pessoas. Essa área faz com que sejam desenvolvidos e aplicados projetos que gerem soluções tecnológicas para os problemas da humanidade.
A engenharia se desdobra em várias áreas, entre elas:
 Engenharia Elétrica 
Os campos de atuação do engenheiro eletricista são as empresas de telecomunicações, de geração e distribuição de energia; as indústrias de materiais, dispositivos e instrumentos elétricos, eletrônicos e de informática; as empresas de consultoria e assessoramento; as empresas de software; os serviços públicos e as instituições de ensino e de pesquisa.
Engenharia Civil
O engenheiro civil se insere nos mais diversos campos da engenharia de obras civis atuando quer na elaboração dos projetos, quer na área de execução, bem como na consultoria e supervisão de obras.

Bioengenharia
O bioengenheiro providencia material e auxilia nas pesquisas aplicadas à bioengenharia; realiza manutenção, em terceiro nível, de equipamentos de bioengenharia e médico-hospitalares.

Engenharia de Alimentos
O engenheiro de Alimentos é responsável pela fabricação, conservação, armazenamento e transporte de produtos, de origem animal ou vegetal.

Engenharia de Computação
O engenheiro de computação é um novo tipo de profissional que passou a ser exigido pelos avanços da informática e da ciência computacional. Esse profissional deve ter um perfil diversificado que abrange as diversas facetas da informática, compreendendo a construção, programação e aplicação de sistemas computacionais nos mais variados campos como projeto de software, projeto de hardware, e aplicações.
Engenharia Agrônoma
Compete ao engenheiro agrícola o desempenho de atividades referentes à aplicação dos conhecimentos tecnológicos para o equacionamento de problemas relacionados à produção agrícola e o desenvolvimento rural, envolvendo energias alternativas e eletrificação, transportes, sistemas estruturais e equipamentos, nas áreas de: engenharia de água e solo, construções para fins rurais e ambiência, máquinas e implementos agrícolas, processamento e armazenamento de produtos agrícolas, gestão e controle ambientais, bem como seus serviços afins e correlatos.

Engenharia mecânica
O engenheiro mecânico se insere em quase todas as atividades tecnológicas aplicadas a sistemas industriais, de prestação de serviço, de pesquisa e de ensino.

Engenharia de produção
Compete ao engenheiro de produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia.
Fonte: UFGNet

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ponte sobre o Rio Pelotas

Seção Vertical




Seção Transversal


Processo executivo notas-se o balanço sucessivo, nesta foto da época

 


A Ponte do Rio Pelotas, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Projetada e construida pela Empresa Sobrenco  –   marcou pela construção de um vão livre de 189 metros, o maior do Brasil e o segundo mais longo do mundo naquele período. Como o local apresentava grande grau de dificuldade, a empresa se valeu do seu know how para proporcionar perfeito equilibrio em toda a extensão da ponte. Para tanto, utilizou duas técnicas: o recurso da ancoragem das fundações das extremidades das rochas do rio, através de tirantes protendidos verticais no leito rochoso subjacente, e depois a construção da superestrutura em balanços sucessivos.






         Um pouco da história da construção desta ponte, extraída do livro  Pontes Viadutos e Passarelas Notáveis de Augusto Carlos de Vasconcelos.        
O Rio Pelotas separa os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nasce em Santa Catarina no Parque Nacional de São Joaquim, segue em direção à divisa entre os Estados e desemboca no Rio Uruguai sem abandonar a fronteira com o Rio Grande do Sul. É atravessado por diversas estradas de ferro e de rodagem, exigindo para a travessia a construção de pontes de todo tipo, metálicas e de concreto, sendo essa a mais importante de todas, estando situada na BR-116 entre Lages (SC) e Vacaria (RS) no local chamado Passo do Socorro.
A ponte possui 189m de vão, tendo ainda dois balanços simétricos de 30,5m, cujas extremidades são fortemente ancoradas na rocha. A finalidade dos balanços é de engastar os extremos de vão de 189m que dessa forma funciona como viga biengastada. Daí a possibilidade de reduzir a altura da viga no meio do vão para o valor incrível de 3,2m ou 1/59 do vão.
Essa ponte foi projetada e construída pela firma Sobrenco, em 1965, para substituir duas outras destruídas pela enxurrada que ocorreu no mesmo ano. Uma ponte a montante ruiu e seus destroços ficaram entalados em outra próxima a montante dela, elevando o nível das águas que acabara destruindo também a segunda ponte. A nova ponte é uma das maiores de concreto protendido do Brasil, executada pelo processos dos balanços sucessivos com aduelas de 7m moldadas no local. Na época foi o maior vão do Brasil e o 2º do mundo. O 1º era o da ponte sobre o Reno em Bendorf, construída também em 1965, com 208m de vão.
A seção transversal é em caixão de 6m de largura e com balanços de 2,7m. A altura do caixão varia de 3,2m no meio do vão até 11m na face dos pilares.
A ponte é constituída de duas metades iguais, executadas simultaneamente até se encontrarem no meio do vão onde existe uma articulação. A extremidade em terra, com numerosos cabos traseiros, é ancorada ao solo. Para uma carga no meio do vão o fator de multiplicação é dado pela relação entre os braços de alavanca que é 3,1:1. Por este número pode-se avaliar o efeito no sentido de produzir flechas elevadas no meio do vão. Foi prevista na construção uma contraflecha de 30cm resultando uma flecha inicial positiva de 10cm ou 1/2.000 do vão. A fluência do concreto haveria de alterar significativamente este valor. 


   Resumo Informativo da Ponte sobre o Rio Pelotas
Localização
Entre Lages (SC) e Vacaria (RS)
Via
BR-116
Obstáculo
Rio Pelotas
Inaugurada
1965
Projeto
Firma Sobrenco (Sérgio Marques de Souza)
Comprimento total
250m
Construção
Firma Sobrenco (Sérgio Marques de Souza)
Fonte
Livro Pontes Brasileiras Viadutos e Passarelas Notáveis - de Augusto C. Vasconcelos


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