O ensino de topografia, vem decaindo ano após ano, nota-se que a maioria das universidades estão com dificuldade financeira, e não adquirem os diversos aparelhos de ponta, para ensinarem a matéria da citada cadeira com toda a evolução tecnológica que ocorreu nos últimos tempos, da mesma forma os docentes estão desatualizados e ou ensinando na área errada.
APARELHAGEM
As mudanças nas décadas de 80 e 90, foram bem substanciais, computadores com softwares que usam plataforma Cad, (os levantamentos que chegam do campo em poucos minutos estão prontos), estação total com capacidade de armazenando de dados de diversas obras, níveis a laser autonivelante na horizontal e vertical, toda esta tecnologia tornaram os trabalhos de campo e escritório, muito mais precisos e rápidos. Só a nível de comparação com estes novos aparelhos consegue-se avaliar com precisão uma distância de 1,6 km a 2,6 km, com prisma simples e prisma triplo respectivamente, com os antigos teodolitos consegue-se avaliar com precisão uma distância de 60,0 m. Quando o profissional chega com o levantamento de campo (capacidade de armazenamento de até 100.000 pontos) com um computador, e um software específico consegue-se desenhar e calcular uma área irregular em poucos minutos.
DOCENTES
Outro fato que contribui para está decadência, é que os professores que ocupam esta referida cadeira estão desatualizados, tendo a sua grande maioria atuação em outras áreas profissionais, contudo conseguem passar apenas o básico, que é a teoria, ficando a parte prática (que na minha opinião é a parte mais importante para o aluno) em segundo plano, o interessante é que nos testes valendo notas os alunos são cobrados como se estivessem sidos ensinados corretamente.
CONCLUSÃO:
Os futuros arquitetos e engenheiros, necessitam e muito de plantas topográficas para executarem corretamente seus projetos e modificações de uma determinada obra, na minha concepção este curso deveria mudar drasticamente, exemplo os trabalhos de campo e os cálculos, que são indispensáveis para elaboração das plantas topográficas, serem cursos livres, e qualquer aluno que dominasse completamente qualquer software na área deveriam ser avaliados, de acordo com os requisitos do curso, para atenderem os conhecimentos a saber:
- Objeto da topografia. Distinção entre topografia e geodesica. Plano topográfico. Levantamentos.
- Orientação das plantas Paralelos e Meridianos. Latitude e Longitude. Norte Verdadeiro. Norte Magnético. Alinhamento. Azimute e Rumo Planimetria. Estações, Ré e Vante. Poligonais.
- Medida direta das distâncias. Uso da trena. Estaqueamento. Medida direta de um alinhamento em terreno inclinado. Erros.
- Medida de ângulos. Teodolitos. Miras.
- Áreas. Processo Mecânico. Áreas por coordenadas.
- Altimetria. Relevo do solo. Pontos Cotados. Curvas de nível.
- Nivelamento. Nivelamento geométrico. Níveis Perfis.
- Convenções Topográficas.
- Plantas Topográficas. Uso de plantas. Escalas.
- Locação. Locação de curvas. Declividade. Raios das curvas para projetos de arruamento.
- Movimento de Terra. Cálculo de volume.
2 comentários:
Sobre os docentes, acho difícil encontrar alguém que possui bons conhecimentos práticos em topografia disposto à ganhar um salário de professor, não?
Concordo plenamente com a sua colocação, o meu questionamento ao postar a matéria, era colocar em xeque a disciplina ensinada (pela maioria das universidades), com aparelhagem totalmente obsoleta e docentes sem nenhuma experiência, preso apenas na teoria incapazes de aplicar a matéria na prática por puro desconhecimento, enquanto nós estudantes fizermos vistas grossas quando uma instituição de ensino sucateia em todos os sentidos uma determinada disciplina sem questionar, nós além de compartilharmos, estaremos avalizando-a para que este processo continue com as outras disciplinas, e esta atitude lhe dará força para continuar com este processo de sucateamento tanto no material como no corpo docente.
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