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terça-feira, 29 de março de 2011

Velocidade da Reconstrução Japonesa é exemplo para o Brasil

Um dos exemplos de reconstrução desta nação pode ser vista nas fotos a seguir, a rodovia destruída pelo terremoto do dia 11 de março em Naka, na província de Ibaraki, no norte do Japão, foi reconstruída em apenas seis dias pela empresa responsável. Foi recuperado um trecho de 150 metros que faz ligação com a capital Tóquio.

                                                                
                                        













Podemos extrair lições das terríveis informações que chegam do Japão. Sob os escombros dessa terrível catástrofe, revela-se um povo com extraordinária capacidade de organização e reconstrução. É sempre nas catástrofes que se revela a força de uma nação. E esta, especialmente, foi forjada historicamente sob as mais restritas condições geográficas e de recursos naturais para emergir um dos mais importantes potencias do mundo em termos de capacidade de realização (tecnológica e criativa) e força econômica. Acredito que daqui a um ano, tudo estará limpo com a reconstrução em andamento. Especialistas dizem que o terremoto foi até bom para o Japão, pois agora a economia vai se reaquecer para reerguer o que foi ao chão. Bem provável haverá muitos concursos para prédios públicos e engenheiros e arquitetos terão muito trabalho pela frente.



Fonte: g1.com

domingo, 27 de março de 2011

Terremoto no Japão - Mudança no eixo de rotação da Terra

Mudança no eixo de rotação da Terra após terremoto no Japão é imperceptível



Gráfico mostra cálculo do deslocamento do arquipélago devido ao tremor


(Correio Braziliense) Além de ter provocado milhares de mortes e iniciado uma possível tragédia nuclear, o terremoto devastador da sexta-feira 11/03/2011, fez com que a costa do Japão se movesse 2,4m e alterou a rotação da Terra. De acordo com Richard Gross, cientista do Laboratório de Jatopropulsão da Nasa (agência espacial norte-americana), o tremor de magnitude 9 levou a Terra a girar mais rapidamente e a balançar de modo diferente. “O fenômeno rearranjou a massa do planeta, que ficou um pouco mais próxima de seu eixo de rotação”, afirmou Gross ao Correio. Desde as 2h46 (hora de Brasília) do dia 11, os dias foram encurtados em 1,8 microssegundo — unidade que equivale a um segundo dividido por um milhão. O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) assegura que o eixo de rotação do planeta deslocou-se quase 10cm. “O impacto desse fato sobre o planeta foi muito maior que o do grande terremoto de Sumatra, em 2004, e provavelmente é o segundo maior, atrás apenas do terremoto do Chile de 1960”, explicou o órgão, por meio de um comunicado.


Apesar de curiosa sob o ponto de vista científico, a mudança na duração dos dias é imperceptível. A cada ano, a duração de um dia (86,4 mil segundos) varia cerca de 1 milissegundo. “A rotação da Terra se modifica com frequência, principalmente em resposta às alterações na força e na direção dos ventos atmosféricos e das correntes oceânicas”, explicou o especialista da Nasa. Segundo Gross, as modificações provocadas por esses fenômenos são até 500 vezes maiores que as causadas por grandes terremotos. “As transformações induzidas por abalos sísmicos são bem pequenas e não podem ser sentidas”, observou.


Gross compara o efeito do terremoto ao comportamento de um pneu mal balanceado. “O planeta gira em torno de seu eixo de rotação, mas sua massa é balanceada pelo eixo-figura, algo como o centro de gravidade. Como a Terra não está rodando em volta do eixo-figura, ela balança”, acrescentou. No caso da Terra, os eixos de rotação e de figura são tão diferentes um do outro que a Terra não gira suavemente, mas, literalmente, sacode. “O eixo-figura da Terra se moveu depois que o tremor rearranjou a massa do planeta”, explicou o cientista. Segundo as análises dos cientistas, o eixo-figura se movimentou 17cm e 133 graus rumo à longitude leste. O eixo norte-sul, que a cada dia gira a 1.604km/h, não sofre qualquer interferência de abalos sísmicos e está sujeito a ações apenas de forças externas, como a atração gravitacional do Sol, da Lua e de outros planetas.


O geofísico norte-americano Kenneth Hudnut, do instituto US Geological Survey (USGS), afirmou ao Correio que o terremoto também provocou uma importante deformação na parte norte de Honshu — a maior e mais populosa ilha do arquipélago japonês. “A área costeira foi deslocada para baixo antes da chegada do tsunami, de tal forma que a parte superior das barreiras de contenção do mar baixou levemente. Esse fator ajuda a entender por que o tsunami conseguiu superar as muralhas de proteção”, comentou. Ainda segundo Hudnut, a ilha moveu-se cerca de 2,4m para frente.


A Autoridade de Informação Geoespacial do Japão detectou que o maior deslocamento para baixo (vertical) na costa norte de Honshu foi de 70cm, a partir da cidade de Choshi, na província de Chiba. A mesma instituição descobriu uma ruptura de 400km de comprimento por 10km de profundidade na falha geológica responsável pelo terremoto.


MEMÓRIANão é a primeira vez que um terremoto devastador altera o eixo de rotação e o eixo figura da Terra. Em 27de fevereiro de 2010, um abalo de magnitude 8,8 na escala Richter atingiu a costa do Chile, provocou um tsunami e matou 521 pessoas. O impacto do tremor foi tão poderoso que encurtou o dia em 1,26 microssegundo e movem o eixo figura da Terra em 8cm. Apenas a cidade de Concepción foi deslocada 3,04m rumo ao oeste. A capital, Santiago, também se movimentou por 24cm. Os cientistas creem que o território chileno tenha ficado 1,2km2 maior após o terremoto.


O sismo de magnitude 9,1 na escala Richter que sacudiu a costa da Ilha de Sumatra, na Indonésia, também deflagrou um tsunami. Além de ter custado a vida de 230 mil pessoas, o fenômeno alterou levemente o formato do planeta, deslocou o Polo Norte em alguns centímetros e reduzir a duração do dia em 6,8 microssegundos. Satélites do Experimento de Clima e Recuperação da Gravidade (Grace, pela sigla em inglês) confirmaram que o terremoto de Sumatra produziu um grande "levantamento" do assoalho oceânico, mudando a geometria da região. A densidade das rocha sob o mar também se modificou após o deslocamento das placas tectônicas. 
Fotos Aqui

sábado, 26 de março de 2011

Coordenadas irradiadas com a calculadora casio FX82-MS

Verificando alguns sites na internet, descobri estas funções para a calculadora Casio FX-82MS
EXEMPLO:
E0 – N 20193.204 – E 23673.505
1 – N 20243.889 – E 23599.218
2 – N 20246.827 – E 23692.541
3 – N 20224.894 – E 23741.312
4 – N 20171.898 – E 23725.943
5 – N 20144.969 – E 23654.569
Calculando AZ. e Dist. a partir de E0
Gravar o Norte de E0 na memória (X)
Gravar o Este de E0 na memória (Y)
Usar o Polar da seguinte forma:
Ponto 2 - Pol( 20246.827-X,23692.541-Y)=
56.90162937 o resultado é a dist.
Alpha F°= 19°32’40.94” é o AZ.
Para os próximos pontos usar a tecla replay ↑ e digitar o Norte e o Leste do ponto desejado e repetir o processo.
OBS.: Para  AZ acima de 180º o valor de (F) saíra negativo, que será somado ao valor 360º
Dica: Deixe sempre o nº de casas decimais, memso que o valor seja Zero para facilitar na hora de usar o Replay, Ex.: Pol(20236.000-X,23690.000-Y) = 
Calculando as coordenadas a partir de E0 usar o retangular da seguinte forma:
Ponto 2 - Rec(56.902,019º32'41")+X = 20246.82734 o resultado é o Norte. é o Leste.
Para os próximos pontos usar a tecla Replay ↑ e lançar a Dist. e o AZ do ponto desejado e repetir o processo.
Dica .: Deixe sempre o nº de casas decimais e o espaço para ---°--‘—“, mesmo que o valor seja Zero, para  facilitar na hora de usar o Replay. 
Ex.: Rec (52.000,002°00’00”)+X=

Link para o arquivo em Word com a imagem dos cálculos.

domingo, 20 de março de 2011

História da topografia

Desde os primordios da civilazação, sem saber o homem já aplicava a topografia,


HISTÓRICO DA TOPOGRAFIA
  A palavra TOPOGRAFIA tem sua origem na escrita grega, donde TOPOS significa lugar e GRAPHEN significa descrição. Desta maneira pode-se dizer que a TOPOGRAFIA é a ciência que trata do estudo da representação detalhada de uma porção da superfície terrestre. Desde os primórdios da civilização, ainda em seu estágio primitivo, o homem tratou de demarcar sua posição e seu domínio. Sem saber, ele já aplicava a Topografia.  
Os babilônicos, os egípcios, os gregos, os chineses, os árabes e os romanos foram os povos que nos legaram instrumentos e processos que, embora rudimentares, serviram para descrever, delimitar e avaliar propriedades tanto urbanas como rurais, com finalidades cadastrais.  

GROMA EGÍPCIA
Instrumento primitivo para levantamentos topográficos. Era utilizado em áreas planas para alinhar direções
até objetos distantes e então,transferir as linhas de visada para o solo, mascando neles linhas retas.
Alternativamente era possível marcas os ângulos necessários para erguer construções como as pirâmides.


A partir destes métodos topográficos rudimentares foram obtidos dados que possibilitaram a elaboração de cartas e plantas, tanto militares como geográficas, que foram de grande valia para a época e mesmo como documento histórico para nossos dias.                                                               
                 


















 MAPA DE GA-SUR (3.800 a 2.500 AC)
Este é considerado um dos mapas mais antigos, foi encontrado na região da Mesopotâmia.
Representa o rio Eufrates e acidentes geográficos adjacentes.  É uma pequena estela de barro cozido
 que cabe na palma da mão e que foi descoberta perto da cidade de Harran, no nordeste do Iraque atual.
Ao lado, interpretação do mapa referido.
MAPA DE ZHENG HE
Este mapa chinês é, além de um guia de navegação, o relato da última viagem de Zheng He,
almirante da frota imperial em meados do século XV. No alto à esquerda, aparecem as costas da Índia,
o Sri Lanka à direita e o litoral africano logo abaixo.

Atualmente, graças ao avanço tecnológico, os aparelhos modernos e altamente sofisticados, permitem obter uma descrição do modelado terrestre com precisão exigida para projetos de grande complexidade bem como para a locação final desses projetos no terreno.  
O primeiro mapa-múndi conhecido foi elaborado por Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.), discípulo de Tales, que no século VI AC tentou representar o mundo como um disco que flutuava sobre as águas. Algum tempo mais tarde Pitágoras, chegou a conclusão que a Terra era redonda iniciando assim uma nova escola.

MAPA DAS ILHAS MARSHALL
Este curioso mapa é feito de tiras de fibra vegetal, representando a área oceânica do arquipélago formado pelas
Ilhas Marshall, no Pacífico, a nordeste da Austrália.
Algumas ilhas estão representadas por conchas presas às tiras.  
As linhas curvas representam as direções predominantes das ondas.
 
No século III a.C. Eratóstones (276-196 a.C.) iniciou as medidas para a determinação do círculo máxima do Globo terrestre, chegando ao valor de 45.000 km. Este pesquisador foi o primeiro a tentar medir o raio da Terra. Mais tarde, no século II AC, Hiparco de Nicea(160-120 a C.) trás para a Grécia os conhecimentos babilônicos sobre a graduação sexagesimal do círculo e a partir daí define a rede de paralelos e meridianos do globo terrestre.  
No século I , Marino de Tiro define os princípios da geografia matemática e estabelece, pela primeira vez, a posição astronômica de numerosos lugares e cidades, especialmente na zona mediterrânea.  
No século II Claudio Ptolomeu (90-168 d.C.) realiza suas observações astronômicas na cidade de Alexandria e escreve sua principal obra denominada Megalé Sintaxis ou Grande Construção que trata da Terra, do Sol, da Lua, do Astrolábio e de seus cálculos, das Elipses, um catálogo de estrelas e finalmente os cinco planetas e suas diversas teorias. Esta obra recebeu o título de El Almagesto na língua árabe.  
A obra de Ptolomeu aceita as medidas do grado e estabelece, através de cálculos, o comprimento do circulo máximo, para o qual obteve o valor de 30.000 km. O erro associado a esta medida origina a falsa impressão de que a Europa e a Ásia se estendiam por mais da metade de toda a longitude terrestre, quando realmente cobre apenas 130°.
.
MAPA DO MUNDO
Este mapa-múndi foi desenhado no século X. Fazia parte de uma letra
capitular numa página de um manuscrito com iluminuras.

 
Do mapa de Ptolomeu não se conhece nenhum exemplar, porém foram realizadas numerosas cartas com esta denominação até a entrada do século XVII. Destas cartas as mais conhecidas são os Atlas publicados em 1477 em Bolonha, o de 1478 em Roma e o de 1482 em Ulm.  
No século XI o hispanico-árabe Azarquiel, inventa a Azafea, astrolábio de caráter universal baseado na projeção da esfera sobre um plano que contém os pólos e que calcula a posição dos astros determinando sua altura sobre a linha do horizonte.  
No século XIII aparece a Carta Pisana cuja construção se baseava em rumos e distâncias; os primeiros eram medidos por agulhas magnéticas e pelas rosa dos ventos; a segunda calculada pelo tempo de navegação.
 
Em 1374 Jaume Ribes de Mallorca, edita a obra intitulada "Mapamundi", conhecido como Atlas Catalán de 1375. Em 1420 o Infante Dom Henrique de Portugal, funda a Escola de Navegadores em Sagres e poucos anos após ocorre uma autêntica revolução na produção de cartas e mapas motivada pela divulgação e ressurgimento das teorias de Ptolomeu e pela invenção da imprensa, o que ocasionou a possibilidade de se estampar os mapas sobre pranchas de bronze.  
Em 1500, Juan de la Cosa edita sua famosa carta que contém o traçado da linha equatorial e a do trópico de Câncer.
CARTA DO MUNDO - 1500
Carta elaborada por Juan de la Cosa, piloto da 2ª Expedição da Columbus

 
Em 1519 Pedro e Jorge Reinel constroem, em Sevilha, um planisfério com o equador graduado e destinado à expedição de Magalhães.  
Gerhardt Kremer (1512-1594), que adota o nome de Mercator, define uma nova projeção cilíndrica na qual as linhas loxodrómicas (direção de rumos constantes que percorrem os barcos em sua navegação) se apresentem como linhas retas. Uma nova etapa no estuda da figura da Terra nasce com as definições da lei da gravitação universal.  
Gerhardus Mercator (1512-1594)
Geógrafo, cartógrafo e matemático flamengo.
Autor de um planisfério (1569) construído numa projeção por ele concebida, 
usada até hoje nas cartas náuticas, a Projeção de Mercator.

No século XVII, Huygens calculou o valor do achatamento terrestre seguindo o raciocínio de Newton, entretanto sem aceitar que a densidade das capas terrestre fosse homogênea, considerando sim toda a massa concentrada em seu centro. O século XVIII se caracteriza pelo desenvolvimento da instrumentação topográfica. A luneta astronômica, idealizada por Kepler em 1611 e a construção de limbos graduados dão lugar aos primeiros teodolitos. Ao mesmo tempo, a invenção do cronômetro e do barômetro, possibilitaram a medida do tempo e a determinação de altitudes.  
Em 1873, Listing propõe o nome de Geóide a forma da terra que é definida como a superfície equipotencial do campo de gravidade terrestre que coincide com a superfície média dos mares e oceanos em repouso, idealmente prolongada por debaixo dos continentes.  
Em 1945, Molodensky, demonstrou que a superfície física da Terra pode ser determinada a partir, somente, de medidas geodésicas, sem a necessidade do conhecimento da densidade da crosta terrestre.
 
A Topografia estuda, em nível de detalhe, a forma da superfície física da terra com todos seus elementos sejam naturais ou artificiais e como um preenchimento da rede geodésica. Desta maneira a Topografia fica como a responsável pelos trabalhos de levantamento planimétricos e altimétricos. Entretanto nos últimos anos, com o desenvolvimento da instrumentação eletrônica e da informática que opera neste setor, a exigência de programas ligados a Engenharia que necessitam de modelos digitais do terreno com precisão altimétrica que são questionáveis de serem obtidas por procedimentos fotogramétricos, e a maior versatilidade que nos oferece a nova instrumentação na fase de locação, tem dado um novo protagonismo a Topografia moderna nos campos de aplicação da Engenharia e áreas afins.  
A visita ao Museu da UFRGS, constitui uma verdadeira aula de história, através da qual pode-se acompanhar toda a evolução ocorrida ao longo de mais de um século na disciplina de Topografia, ministrada pela Universidade, através dos diversos equipamentos topográficos e cartográficos, aqui expostos. 



 
  Fonte UFRGS

A decadência da matéria de topografia nas universidades

O ensino de topografia, vem decaindo ano após ano, nota-se que a maioria das universidades estão com dificuldade financeira, e não adquirem  os diversos aparelhos de ponta, para ensinarem a matéria da citada cadeira com toda a evolução tecnológica que ocorreu nos últimos tempos, da mesma forma os docentes estão desatualizados e ou ensinando na área errada.
APARELHAGEM
As mudanças nas décadas de 80 e 90, foram bem substanciais, computadores com softwares que usam plataforma Cad, (os levantamentos que chegam do campo em poucos minutos estão prontos), estação total com capacidade de armazenando de dados de diversas obras, níveis a laser autonivelante na horizontal e vertical, toda esta tecnologia tornaram os trabalhos de campo e escritório, muito mais precisos e rápidos. Só a nível de comparação com estes novos aparelhos consegue-se avaliar com precisão uma distância de 1,6 km a 2,6 km, com prisma simples e prisma triplo respectivamente,  com os antigos teodolitos consegue-se avaliar com precisão uma distância de 60,0 m. Quando o profissional chega com o levantamento de campo (capacidade de armazenamento de até 100.000 pontos) com um computador, e um software específico consegue-se desenhar e calcular uma área irregular em poucos minutos.
DOCENTES
Outro fato que contribui para está decadência, é  que os professores que ocupam esta referida cadeira estão desatualizados, tendo a sua grande maioria atuação em outras áreas profissionais, contudo conseguem passar apenas o básico, que é a teoria, ficando a parte prática (que na minha opinião é a parte mais importante para o aluno) em segundo plano, o interessante é que nos testes valendo notas os alunos são cobrados como se estivessem sidos ensinados corretamente.

CONCLUSÃO:
Os futuros arquitetos e engenheiros, necessitam e muito de plantas topográficas para executarem corretamente seus projetos e modificações de uma determinada obra, na minha concepção este curso deveria mudar drasticamente, exemplo os trabalhos de campo e os cálculos, que são indispensáveis para elaboração das plantas topográficas, serem cursos livres, e qualquer aluno que dominasse completamente qualquer software na área deveriam ser avaliados, de acordo com os requisitos do curso, para atenderem os conhecimentos a saber:
  1. Objeto da topografia. Distinção entre topografia e geodesica. Plano topográfico. Levantamentos.
  2. Orientação das plantas Paralelos e Meridianos. Latitude e Longitude. Norte Verdadeiro. Norte Magnético. Alinhamento. Azimute e Rumo Planimetria. Estações, Ré e Vante. Poligonais.
  1. Medida direta das distâncias. Uso da trena. Estaqueamento. Medida direta de um alinhamento em terreno inclinado. Erros.
  2. Medida de ângulos. Teodolitos. Miras.
  3. Áreas. Processo Mecânico. Áreas por coordenadas.
  4.  Altimetria. Relevo do solo. Pontos Cotados. Curvas de nível.
  5.  Nivelamento. Nivelamento geométrico. Níveis Perfis.
  6.  Convenções Topográficas.
  7.  Plantas Topográficas. Uso de plantas. Escalas.
  8. Locação. Locação de curvas. Declividade. Raios das curvas para projetos de arruamento.
  9. Movimento de Terra. Cálculo de volume.

domingo, 6 de março de 2011

Concreto Projetado

    O concreto projetado, também chamado gunita, é um processo de aplicação de concreto utilizado sem a necessidade de formas, bastando apenas uma superfície para o seu lançamento. O não emprego de formas pode ser por opção, ou quando, pelas característica da concretagem, seu emprego torna-se difícil ou impossível. Esse sistema é muito utilizado em concretagens de túneis, paredes de contenção, piscinas e em recuperação e reforço estrutural de lajes, vigas, pilares e paredes de concreto armado.     O sistema consiste num processo contínuo de projeção de concreto ou argamassa sob pressão ( ar comprimido ) que, por meio de um mangote, é conduzido de um equipamento de mistura até um bico projetor, e lançado com grande velocidade sobre a base. O impacto do material sobre a base promove a sua compactação, sem a necessidade dos tradicionais vibradores, resultando em um concreto de alta compacidade e resistência. Existem dois método de emprego do concreto projetado: por via seca e por via úmida. No processo via seca é feita uma mistura a seco de cimento e agregados. No bico projetor existe uma entrada de água que é controlada pelo operador. O concreto seco é conduzido sob pressão até o bico onde recebe então a água e os aditivos.

    As vantagens desse processo é que o operador pode controlar a consistência da mistura no bico projetor, durante a aplicação e pode-se utilizar mangote com maior extensão. Por outro lado, como ponto negativo, o controle da quantidade de água feito pelo mangoteiro pode provocar uma grande variabilidade na mistura. No processo via úmida o concreto é preparado da forma comum, misturando-se na câmara própria, cimento, agregados, água e aditivos, sendo essa mistura lançada pelo mangote até o bico projetor. Esse processo tem a vantagem de se poder avaliar precisamente a quantidade de água na mistura, e garantir que esta hidratou adequadamente cimento, resultando na certeza da resistência final do concreto. Além disso esse processo dá menores perdas com a reflexão do material e produz menor quantidade de pó durante a aplicação.

    A dosagem de cimento empregada em concreto projetado é a mesma utilizada nos concretos tradicionais, oscilando entre 300 e 375 kg/m3, embora haja casos em que se terá que utilizar dosagem de até 500 kg/m3. Deve-se, entretanto, utilizar agregados de tamanho superior a 10 mm para possibilitar a redução de cimento e com isso a diminuição da retração hidráulica. Isso faz com que o concreto projetado possa ser utilizado como material estrutural. A relação água/cimento deve variar entre 0,35 e 0,50 de forma a garantir a aderência e a resistência do material. Podem ser utilizados aditivos nesse tipo de concreto, na proporção de 2 a 3%, de forma a diminuir a reflexão e aumentar a resistência, quais sejam aditivos aceleradores de pega, impermeabilizantes ou plastificantes.

    A espessura das camadas não deve ultrapassar 150 mm. Em casos excepcionais em que se deva aumentar esse valor, aplica-se em camadas com espessura de 50 mm cada. Em nenhum caso deve-se ultrapassar a espessura total de 200 mm. Antes da aplicação do concreto projetado a superfície que servirá de base deve ser devidamente preparada, retirando-se eventuais concentrações de bolor, óleos e graxas, material solto e poeira, devendo-se utilizar nessa operação jato de areia. Após a preparação faz-se a umectação da superfície. Depois de umedecida projeta-se uma argamassa de cimento, areia e água, formando uma camada de pequena espessura, a fim de formar um berço sobre o qual se possa projetar a mistura com agregado graúdo e baixo teor de água, sem o perigo de que se produza reflexão excessiva. Em seguida aplicam-se camadas de concreto de 50 mm cada, com intervalo entre elas de 6 a 12 horas, de acordo com o tipo de cimento e dos aditivos empregados. A  cura é imprescindível para se obter um concreto sem fissuras e de boa resistência, devendo-se empregar água ou agente de cura, aplicados sobre a última camada durante, no mínimo, 7 dias. Um aspecto de grande importância e considerado um inconveniente no concreto projetado é a reflexão do material, principalmente do agregado graúdo, uma vez que é lançado com grande velocidade sobre o anteparo. A quantidade de reflexão depende de muitos fatores, tais como a hidratação da mistura, a relação água/cimento/agregado, a granulometria dos agregados, a velocidade de saída do bico projetor, a vazão do material, o ângulo da superfície de base, a espessura aplicada e a destreza do mangoteiro. A quantidade refletida varia entre 10 e 30% em superfícies verticais e 20 a 50% em tetos.

Concreto Protendido

Definição de protensão
    A protensão pode ser definida como o artifício de introduzir, numa estrutura, um estado prévio de tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob ação de diversas solicitações.
Protensão aplicada ao concreto
    O artifício de protensão tem uma importância particular no caso do concreto, pelas seguintes razões:
 a) O concreto é um dos materiais de construção mais importantes. Os ingredientes necessários à confecção do concreto (cimento, areia, pedra e água) são disponíveis a baixo custo em todas as regiões habitadas da Terra.
 b) O concreto tem boa resistência à compressão. Resistências da ordem de 200Kgf/cm2 (20MPa) a 500Kgf/cm2 (50MPa) são utilizadas nas obras.
c) O concreto tem pequena resistência à tração, da ordem de 10% de resistência à compressão. Além de pequena, a resistência à tração do concreto é pouco confiável. De fato, quando o concreto não é bem executado, a retração do mesmo pode provocar fissuras, que eliminam a resistência à tração do concreto, antes mesmo de atuar qualquer solicitação. Devido a essa natureza aleatória da resistência a tração do concreto, ela é geralmente desprezada nos cálculos.
    Sendo o concreto um material de propriedades tão diferentes a compressão e a tração, o seu comportamento pode ser melhorado aplicando-se compressão prévia (isto é, protensão) nas regiões onde as solicitações produzem tensões de tração.
    A utilização de aços de elevada resistência, como armaduras de concreto armado, fica limitada pela fissuração do concreto. De fato, como os diferentes tipos de aço têm aproximadamente o mesmo módulo de elasticidade, o emprego de aços com tensões de tração elevadas implica grande alongamento dos mesmos, o que, por sua vez, ocasiona fissuras muito abertas. A abertura exagerada das fissuras reduz a proteção das armaduras contra corrosão, e é indesejável esteticamente.
    O artifício da protensão, aplicado ao concreto, consiste em introduzir na viga esforços prévios que reduzam ou anulem as tensões de tração no concreto sob ação das solicitações em serviço. Nessas condições minimiza-se a importância da fissuração como condição determinante de dimensionamento da viga.
    A protensão do concreto é realizada, na prática, por meio de cabos de aço de alta resistência, tracionados e ancorados no próprio concreto. O artifício da protensão desloca a faixa de trabalho do concreto para o âmbito das compressões, onde o material é mais eficiente. Com a protensão, aplicam-se tensões de compressão nas partes da seção tracionadas pelas solicitações dos carregamentos. Desse modo, pela manipulação das tensões internas, pode-se obter a contribuição da área total da seção da viga para a inércia da mesma.
    Sob ação de cargas, uma viga protendida sofre flexão, alterando-se as tensões de compressão aplicadas previamente. Quando a carga é retirada, a viga volta à sua posição original e as tensões prévias são restabelecidas.
    Se as tensões de tração provocadas pelas cargas forem inferiores às tensões prévias de compressão, a seção continuará comprimida, não sofrendo fissuração.
    Sob ação de cargas mais elevadas, as tensões de tração ultrapassam as tensões prévias, de modo que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protensão provoca o fechamento das fissuras.
Sentido econômico de concreto protendido
    As resistências de concreto, utilizadas em concreto protendido, são duas a três vezes maiores que as utilizadas em concreto armado. Os aços utilizados nos cabos de protensão têm resistência três a cinco vezes superiores às dos aços usuais do concreto armado.
    O sentido econômico do concreto protendido consiste no fato de que os aumentos percentuais de preço são muito inferiores aos acréscimos de resistência utilizáveis, tanto para o concreto como para o aço de protensão.
Vantagens técnicas do concreto protendido
Em relação ao concreto armado, o concreto protendido apresenta as seguintes vantagens:

a) Reduz as tensões de tração provocadas pela flexão e pelos esforços cortantes.
b) Reduz a incidência de fissuras.
c) Reduz as quantidades necessárias de concreto e de aço, devido ao emprego eficiente de materiais de maior resistência.
d) Permite vencer vãos maiores que o concreto armado convencional; para o mesmo vão, permite reduzir a altura necessária da viga.
e) Facilita o emprego generalizado de pré-moldagem, uma vez que a protensão elimina a fissuração durante o transporte das peças.
f) Durante a operação de protensão, o concreto e o aço são submetidos a tensões em geral superiores às que poderão ocorrer na viga sujeita às cargas de serviço. A operação de protensão constituído, neste caso, uma espécie de prova de carga da viga.
    Uma das vantagens mais importantes do concreto protendido é a da alínea d acima. Para ilustrá-la pode-se criar o fato de que as pontes com vigas retas de concreto armado têm seu vão livre limitado a 30m ou 40m, enquanto as pontes com vigas protendidas já atingiram vãos de 250m.


História do cimento

Tecnicamente, podemos definir cimento como um pó fino, com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. A arquitetura monumental do Egito Antigo já usava uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado que, de certa forma, é a origem do cimento. As grandes obras gregas ou romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso de certas terras de origem vulcânicas, com propriedades de endurecimento sob a ação da água.
    O passo seguinte aconteceu em 1758, quando o inglês Smeaton consegue um produto de alta resistência, por meio da calcinação de calcários moles e argilosos. Em 1918, o francês Vicat obtém resultados semelhantes aos de Smeaton pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial.
    Seis anos depois, outro inglês, Joseph Aspdin patenteia o "Cimento Portland", que recebe este nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às das rochas da ilha britânica de Portland.
    Hoje, o cimento Portland é um material rigorosamente definido, e sua fabricação segue princípios bem estabelecidos. A grande versatilidade de emprego e notáveis qualidade de adaptação a novos produtos e métodos construtivos aumentam, a cada dia, sua ampla gama de aplicações.
O cimento no Brasil
    A primeira fábrica de cimento Portland iniciou atividades no Brasil em 1926. Quase 30 anos depois, teve origem a produção de cimento branco, devido à necessidade de um cimento para fins especiais, que proporcionasse mais beleza e conforto, através do tratamento térmico das edificações.
    O primeiro forno de cimento branco entrou em operação em 1952, sendo distribuído ao mercado, a partir de 1954, com a marca Irajá, que integra a linha de produtos da Votorantim Cimentos.
   Em 1984, foi lançado o cimento branco estrutural, com o objetivo de atender construtores de obras de concepção arrojada, nos serviços de concreto aparente, pré-fabricados e pisos de alta resistência.


quarta-feira, 2 de março de 2011

Ponte sobre o Rio Negro

Recebi este arquivo do Carlos Jr. Freitas e resolvi postá-lo aqui pela grandiosidade da obra, vale a pena se informar mais sobre esta ponte que está sendo construída no Estado do Amazonas.

A Ponte sobre o Rio Negro terá um comprimento total de 3.505 metros, incluindo aí as rampas de acesso nos pontos de chegada e saída em Manaus e em Iranduba. Em termos de vãos, serão 73 vãos, sendo que estes vãos terão – em sua grande maioria, uma extensão 45 metros entre cada pilar.

A extensão do trecho estaiado – onde estarão afixados os canos de sustentação, chamados estais, será de 400 metros. Ainda nesse trecho estarão os dois maiores vãos da ponte, em sua parte central, com 200 metros de comprimento, sendo um de cada lado da torre central, em formato de diamante, que terá exatos 182 metros de altura.

A largura total da ponte será de 20,70 metros, o que disponibilizará quatro faixas de tráfego – duas de cada pistas, além de passeio para pedestres em ambos os lados da pista. No trecho estaiado, a largura será um pouco menor, da ordem de 20,60 metros, por conta da colocação dos estais, dos cabos de fixação e apoio nesse trecho.

A altura do vão central será de 55 metros, contados do tabuleiro da ponte até o bloco do pilar maior na cota 30, ou seja, na maior enchente do rio. Na vazante, esse número aumenta. O secretário de Infra-Estrutura, Marco Aurélio de Mendonça, disse, exemplificando, que “na hipótese de que o rio tenha uma vazante de 10 metros, esse número subirá para 65 metros”. Esse número permite que transatlânticos, que navios de grande porte possam passar por sob a ponte e chegar até o arquipélago das Anavilhanas ou outro destino qualquer, sem nenhuma preocupação. Essa cota poderia ser bem menor, reduzindo consideravelmente o custo da obra, mas por determinação do Governo do Estado essa cota foi mantida para garantir total segurança e tranqüilidade para a navegação a montante da ponte, ou seja, em direção às cabeceiras do rio.

Voltando a falar da torre central, seu formato em diamante será o primeiro a ser construído no Brasil, com uma altura de 182 metros, o que equivale a um prédio de 60 andares. “Uma pessoa que se posicionasse no ponto mais alto desse pilar, teria uma visão bem abrangente do cenário local, talvez até do arquipélago das Anavilhanas de um lado, e do Encontro das Águas a jusante”, explicou o secretário.

Esse vão central – com 400 metros de extensão, terá o apoio de 104 estais, que são os cabos de sustentação. Aponte toda terá 426 vigas pré-moldadas. Os locais de acesso, de um lado e outro, aqui em Manaus e no Iranduba, foram escolhidos a permitir uma inclinação mínima da rampa, que ficará em 3,01% - no máximo, o que permitirá o tráfego de carros e cargas de qualquer porte, como por exemplo de tijolos, sem os problemas verificados atualmente quando do desembarque das balsas, cuja inclinação não é a ideal para esse tipo de carga.

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