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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dicionário do Concreto


DICIONÁRIO DO CONCRETO

Abrasão: desgaste superficial do concreto.

Adensamento: processo manual ou mecânico para compactar a mistura de concreto no estado fresco com o objetivo de eliminar vazios internos da mistura (bolhas de ar) ou facilitar a acomodação do concreto no interior das fôrmas.

Aditivos: Substâncias que são adicionadas à mistura com o objetivo de modificar uma ou mais propriedades ou características do concreto.

Agente de Cura: produto empregado na superfície do concreto com o objetivo de evitar a perda de água pela superfície exposta.

Agregados: materiais granulares (brita, areia, etc) que são unidos pela pasta de cimento no preparo do concreto.

Amostra de Concreto: volume de concreto retirado do lote com o objetivo de fornecer informações, mediante realização de ensaios, sobre a conformidade desse lote para fins de aceitação.

Argila Expandida: são agregados produzidos artificialmente pelo aquecimento de certas argilas em um forno. Possuem baixa massa específica.

Ar Incorporado : Bolhas de ar microscópicas incorporadas intencionalmente no concreto durante a mistura, geralmente pelo uso de aditivos.

Bomba Estacionária: equipamento rebocável pra lançamento de concreto.

Bomba lança: equipamento para lançamento do concreto com tubulação acoplada a uma lança móvel, montados sobre um veículo motor.

Bombeamento: transporte do concreto por meio de equipamentos especiais, bombas de concreto, com tubulações e lanças metálicas, que conduzem o concreto desde o caminhão-betoneira até o local de concretagem.

Canteiro de Obras: instalações provisórias destinadas a alojamentos, estoque de materiais e equipamentos, almoxarifado e escritórios, durante a fase de construção da obra.

Capeamento: revestimento com pasta de cimento ou com mistura composta de pozolana e enxofre derretido, que regulariza os topos dos corpos-de-prova com o objetivo de distribuir uniformement as tensões de compressão axiais.

Central Dosadora: local de dosagem do concreto por meio de instalações e equipamentos especiais. O concreto é misturado e transportado ao local de aplicação por caminhões-betoneiras.

Cobrimento: espessura de concreto entre a face interna da fôrma e a armadura.

Concreto endurecido: concreto que se encontra no estado sólido e que desenvolveu resistência mecânica.

Concreto Fresco: concreto que está completamente misturado e que ainda se encontra em estado plástico, capaz de ser adensado por um método escolhido.

Consumo de Cimento: quantidade necessária (kg) para dosar um metro cúbico de concreto.

Corpo-de-Prova: amostra do concreto endurecido especialmente preparada para testar suas propriedades, como resistência à compressão, módulo de elasticidade, entre outras.

Cura: conjunto de medidas que devem ser tomadas a fim de evitar a evaporação da água necessária às reações de hidratação do cimento nas primeiras idades.

Desmoldante: substância química utilizada pra evitar a aderência do concreto à fôrma.

Dosagem: proporções dos materiais que compõem o concreto. Essas proporções são definidas experimentalmente com o objetivo de se obter uma mistura final com características e propriedades preestablecidas.

Escoramento: reforços executados nas fôrmas para suportar o seu peso próprio e também do concreto fresco lançado, garantido uma perfeita moldagem da peça concretada.

Espaçadores: dispositivos colocados entre as armaduras e a face interna da fôrma, de modo a garantir o cobrimento necessário.

Ensaio: realização de testes que visam determinar propriedades físicas, químicas ou mecânicas de um material.

Ensaio de Tronco de Cone, Slump Test ou Ensaio de Abatimento: ensaio realizado de acordo com a norma técnica para determinação da conscistência do concreto e que permite verificar se não há excesso ou falta de água no concreto.

Exemplar: Elemento da amostra constituído por dois corpos de prova da mesma betonada, moldados no mesmo ato, para cada idade de rompimento.

Exsudação: aparecimento de água na superfície do concreto após seu lançamento e adensamento.

Granulometria: distribuição das partículas dos materiais granulares entre várias dimensões.

Hidratação do Cimento: reação química do cimento com a água.

Lançamento: modo de transportes e colocação do concreto na fôrma a ser concretada.

Lote de concreto : Volume definido de concreto, elaborado e aplicado sob condições uniformes (mesma classe, mesma família, mesmos procedimentos e mesmo equipamento).

Massa Específica: é a relação entre a massa e o volume (m/V).

Moldagem: procedimento normatizado para confeccionar os corpos-de-prova.

Nichos de Concretagem: falhas de concretagem que ocasionam “buracos” no concreto, devido principalmente à falta de vibração.

Pega do Concreto: início da solidificação da mistura fresca.

Perda de Abatimento: perda de fluidez do concreto fresco com o passar do tempo.

Pigmentos: material adicionado ao concreto para dar cor. Pode ser em pó ou líquido.

Relação Água/Cimento (a/c): relação, em massa, entre o conteúdo efetivo de água e o conteúdo de cimento Portland.

Resistência à Compressão: esforço resistido pelo concreto, estimado pela ruptura de corpos-de-prova.

Resistência à Compressão Característica (fck): definida como o valor de resistência acima do qual se espera ter 95% de todos os resultados possíveis de ensaio.
Resistência Média à Compressão (fcmj): corresponde ao valor da resistência média à compressão do concreto, a j dias. Quando não for indicada a idade, refere-se a j = 28 dias.

Retração: redução no volume do concreto fresco.

Segregação: separação dos componentes do concreto fresco de tal forma que sua distribuição não seja mais uniforme.

Trabalhabilidade: determina a facilidade com a qual um concreto pode ser manipulado sem segregação nociva.

Traço: proporção entre os componentes da mistura.




domingo, 29 de julho de 2012

Viaduto de Millau

Viaduto de Millau (França)

Foto1 - Site O Dementia

 O Viaduto de Millau se consagrou como a mais alta ponte aberta ao tráfego de veículos do mundo, após ser completado no final de 2004. Com 342m de altura, 19m mais alta que a Torre Eiffel em Paris(Foto3), a ponte que facilita a travessia do vale do rio Tarn, próximo da cidade de MIllau, no sudoeste da França, foi projetada pelo arquiteto inglês Norman Foster e pelo engenheiro Francês, especializado em pontes, Michel Virlogeux.

 Localização:

Foto2
 A ponte situa-se perto de Millau. Antes da sua construção, o tráfego de veículos tinha de descer até o vale do rio Tarn, causando pesados congestionamentos, principalmente na época das férias de verão. A ponte agora atravessa o vale pelo ponto mais alto, formando a última ligação entre Clermont-Ferrand, a região do Languedoc e a Espanha, reduzindo consideravelmente o custo de transitar por esta rota. Muitos turistas indo para o sul da França e/ou Espanha seguem esta rota por ser direta e sem pedágio (portagem), exceto o da própria ponte.
O grupo Eiffage opera um pedágio na ponte, para se ressarcir dos custos da construção, segundo contrato com o governo, que dá a companhia direitos de portagem por 75 anos.

Descrição

O viaduto Millau é formado por oito trechos construídos em aço, suportados por cabos estaiados escorados em sete pilares de concreto (betão) armado. A pista pesa 36.000 toneladas, e tem 2460m, com 32 m de largura por 4,2m de altura. Forma a maior pista suportada por cabos do mundo. Os seis vãos centrais medem 342 m cada e os outros dois, nas pontas, 204m cada. A pista de rolagem tem uma declividade de 3% do sul para o norte, com curvas suaves de 20 km de raio, o que dá aos motoristas excelente visibilidade. Comporta duas faixas de tráfego de cada lado.
Os pilares medem de 77 até 246 m, com a seção variando de um diâmetro de 24,5 m na base até 11m no alto. Cada um pesa 2230 toneladas. Os pilares foram construídos primeiro, juntamente com pilares adicionais e temporários em aço, então as rampas deslizaram por eles a uma velocidade de 600mm a cada quatro horas, pela força de macacos hidráulicos guiados por GPS.
O viaduto tem aproximadamente o dobro da altura do viaduto Europabrücke, na Áustria, o mais alto até então. O viaduto Millau é o mais alto viaduto para veículos do mundo. Sua pista, 270m acima do Rio Tarn, é um pouco mais alta que a ponte New River Gorge, na Virgínia Ocidental, com 267m sobre o rio New. A Ponte Royal Gorge, no Colorado, tem uma plataforma com 321 m sobre o rio Arkansas, mas é só para pedestres.
Na foto a seguir o comparativo em altura com a Torre Eiffel.

Foto 3

Construção

 A construção começou em 10 de outubro de 2001, e estava planejada para durar três anos, mas as más condições climáticas atrasaram a inauguração. O viaduto foi finalmente inaugurado pelo presidente Jacques Chirac em 14 de dezembro de 2004 e aberto ao tráfego dois dias depois.

Estudos preliminares

Nos estudos iniciais se examinaram quatro opções:
  • Atravessar Millau pelo leste, em duas largas pontes acima do Tarn e o Dourbie;
  • Atravessar Millau pelo oeste, a 12 km de distância, sendo necessárias quatro pontes;*
  • Seguir o traçado da Route Nationale 9, provendo bom acesso a Millau, mas ao custo de dificuldades técnicas e intromissões na cidade; e finalmente
  • Atravessar o meio do vale.    
Foto4

A quarta opção foi escolhida pelo governo em 28 de junho de 1989. Existiam ainda duas opções, a alta e a baixa, esta consistido em construir uma ponte de 200 metros para cruzar o rio,então um viaduto e um túnel no lado do Lazac. Após longos estudos, esta opção foi abandonada por custar mais, interferir com a cidade e aumentar a distância.
Após a escolha do viaduto alto, cinco equipes de arquitetos e pesquisadores trabalharam na busca de uma solução técnica. O conceito da ponte deve-se ao projetista francês Michel Virlogeux. Os arquitetos foram a equipe da empresa Britânica Foster and Partners. Eles trabalharam com a empresa alemã de engenharia ARCADIS, responsável pelo desenho técnico da ponte.

Implementação

Foto 5
O viaduto depois de concluído.
O piso da ponte foi construído no solo, no final do viaduto e deslocado lentamente de uma torre até a outra, com oito torres temporárias, em aço, provendo sustentação adicional. O movimento era monitorado por um sistema controlado por computador, que acionava atuadores hidráulicos que se moviam numa sequência pré-determinada.

Os construtores

Quatro consórcios competiram pelo contrato de construção da ponte:
  • A empreiteira espanhola  Dragados, com a  sueca Skanska e a francesa BEC;
  • A Societé du Viaduc de Millau, das empresas ASF, Egis, GTM, Bouygues Travaux Publics, SGE, CDC Projets, Tofinso (todas da França) e Autostrade (Itália);
  • Generale Routiere, com GTI (França), Cintra, Necso, Acciona e Ferrovial Agroman (Espanha); e
  • Os vencedores , liderados pelo Grupo Eiffage, produto da fusão dos grupos Fougerolles-SEA.
A empreita foi assumida por uma empresa chamada Companhia Eiffage do Viaduto de Millau. O consórcio é composto pela empresa Eiffage nas partes de concreto, a Companhia Eiffel para as partes de aço e a ENERPAC para os suportes hidráulicos.

Custos e recursos

A construção da ponte consumiu mais de 394 milhões de euros, com uma praça de pedágio 6 km a norte adicionando mais 20 milhões. Os construtores, Eiffage, financiaram a construção, pela concessão do direito de recolher pedágio por 75 anos, até 2080. Entretanto se a concessão for muito rentável, o governo tem a opção de assumir a ponte em 2044.
A construção consumiu 127.000 m³ de concreto, 19.000 toneladas métricas de aço para a estrutura e mais 5.000 toneladas métricas de aço pré-estirado para o estaiamento. Os construtores afirmam que a ponte tem uma vida útil estimada em 120 anos.

Tráfego

O tráfego previsto no projeto era de 10.000 veículo por dia logo após a inauguração e de projetados 20.000 veículos em média diária no ano de 2010.
O tráfego real foi de 4.353.799 veículos em 2005, média diária de 11.928. Em 2006 foram 4.347.930, média diária de 11.912. Em 12 de agosto de 2006 registrou-se o recorde de 53.795 veículos que passaram sobre o viaduto. A quantidade é 8% maior que as previsões iniciais.
Foto6

 Alguns Números sobre a construção:

  • Altura: 343 metros
  • Extensão: 2469 metros
  • Pilares: 7
  • Pilar mais alto: 246 metros
  • Pilar mais baixo: 77 metros
  • Peso da pista: 36 mil toneladas
  • Peso total: 242 mil toneladas
  • Total de aço: 24 mil toneladas (Sendo 19 mil tonelada de aço p/ estrutura e 5 mil tonelada de aço pré-estirado para estaiamento)
  • Total de concreto: 200 mil toneladas
  • Trabalhadores: 3 mil
  • Investimento: $ 478 milhões
  • Início da construção: outubro de 2001
  • Inauguração: 14 de dezembro de 2004
  • Tempo de construção: 38 meses
  • Vida útil: 120 anos
Fontes de dados:

- http://www.metalica.com.br

sábado, 26 de maio de 2012

Vocabulário de canteiro de obra


Bloco de concreto celular: usado em alvenaria de vedação, alvenaria estrutural e como enchimento de lajes, tem como base de fabricação a mistura de cimento, cal, areia e alumínio em pó. Essas matérias-primas lhe conferem características especiais, como leveza, resistência e fácil manejo, podendo ser serrado, furado e pregado sem dificuldade. 




Capa de rolamento: camada final da pavimentação, que deve ter resistência adequada ao atrito, ao desgaste e sem imperfeições e ondulações. Pode ser feita com materiais asfálticos, concreto ou solo-cimento.






Chapuz: peça que reforça os cantos da base da grade estrutural dos painéis de fôrmas de madeira para pilares.





Compensado plastificado: chapas de madeira largamente empregadas em painéis de fôrmas para elementos de concreto que requerem acabamento, sobretudo em casos de concreto aparente. Dependendo do uso e do armazenamento, essas peças podem ser reutilizadas até 50 vezes.

Concreto de alta resistência inicial: produzido com cimento especial para a obtenção de resistência elevada nos primeiros dias após a concretagem. É usado em peças protendidas, na indústria de pré-moldados e em elementos estrutu­rais que demandam desenforma rápida.

Esborcinamento: processo de desgaste ou rompimento de uma placa - de concreto, por exemplo - a partir de suas bordas. No caso de pisos industriais, o problema poderá se desenvolver a ponto de expor as armaduras do piso.
Estaca strauss: também conhecida como broca, é uma estaca moldada no local Nesse sistema, o terreno é perfurado por uma broca (trado) ou escavadeira até atingir solo firme e consistente. A escavação então é armada e concretada até a cota prevista no projeto.

Luvas para vergalhões: conectores empregados na emenda de barras, normalmente em casos em que há grande concentração de armaduras conjugadas. No que diz respeito à instalação, podem ser rosqueadas ou prensadas.


Pisovinílico: revestimento composto por placas semiflexíveis feitas à base de resina de PVC, plastificantes, compostos minerais e pigmentos. Empregados em ambientes internos com tráfego médio e intenso, como escolas, hospitais, supermercados, escritórios, etc.




Ramal de ligação: ligação de energia elétrica entre a rede pública de energia e o quadro de medição de consumo (relógio medidor). É executado pelos técnicos da concessionária responsável pela distribuição de energia.




Retardadores de pega: aditivos que postergam o endurecimento do concreto. Também agem como plastificantes, aumentando a trabalhabilidade e facilitando o adensamento da mistura.





Rincão: linha de encontro entre duas águas de um telhado.




Sargento: grampos de aperto usados por carpinteiros, marceneiros, etc., para manter juntas duas peças, ou para firmar uma tábua à bancada.



Sarjetas: dispositivos de concreto executados na borda das pavimentações, normalmente junto com o meio-fio, com a finalidade de limitar a area de tráfego de veículos e direcionar o escoamento da água das chuvas.







Subleito: é o solo preparado para receber as demais camadas que vão constituir a estrutura de um pavimento, sendo considerada a fundação da rua, avenida ou rodovia. O material deve ser bem compactado e ter sua superfície topograficamente adequada ao projeto. 







Tesoura: estrutura autoportante cons­tituída de diversas peças formando uma treliça cuja função é suportar o carregamento do telhado.




Vigas de fundação: são vigas na qual são assentados num mesmo alinhamento os pilares da estrutura. Recebem armaduras de acordo com a necessidade. Normalmente são apoiadas sobre estacas de concreto ou simplesmente apoiadas no solo.

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